Essas são as respostas enviadas por muitos amigos que receberam minha mensagem na semana do nascimento do Vicente.
O que mais gostou
Dia-a-dia
O que eu fiz e me dá ainda hoje enorme alegria foi ter ficado direto com minha filha os primeiros sete meses, sem trabalhar, sem babá, curtindo muito esses momentos e, principalmente, amamentando.
A primeira coisa foi amamentá-lo exclusivamente até os seis meses de idade. Eu simplesmente adorei amamentar. A segunda coisa foi fazer de tudo para conseguir acompanhar o desenvolvimento dele o máximo possível, moldando, para isso, o resto da minha vida. Passei a trabalhar em horários alternativos, instalei em casa rede sem fio e comprei um laptop. Assim, posso dizer com orgulho que não perdi e não perco ainda nenhum detalhe do desenvolvimento e crescimento dele, neste comecinho de vida. Agora ele está começando a se tornar um pouco mais independente de mim, já corre e fala pelos cotovelos, tem muitas opiniões próprias e, em breve, deve estar indo à escola.
Brincar ao ar livre, tomar banho de chuva, pé no chão, mão na terra.
Ouvir as primeiras palavras que meus filhos pronunciaram.
Ter tido o privilégio de abrir os braços e permitir que dentro desse espaço de segurança, eles enfrentassem o desafio de se elevar e dar os primeiros passos.
Foram das coisas mais simples, acho que quando sento com eles falo de minhas histórias com meu pai, falo de fatos que aconteceram na minha vida e sinto que são momentos inesquecíveis e especiais… Sempre vale a pena, as crianças sempre aprendem pelo exemplo.
Licença paternidade e férias do papai para curtir a novidade.
Tirar um período para acompanhar integralmente os primeiros dias do filho e da mãe. Ensinar os filhos a plantar, o gosto pelas plantas e sair em passeios a pé, catando folhas, cascas, mostrando ninho de João de barro… Não deixe de filmar alguns momentos, em especial até os quatro anos. Há momentos imperdíveis!
Ter acompanhado o dia a dia bem de perto: acordá-las, fazer o lanche, levá-las à escola, participar das reuniões dos pais, ir aquelas festinhas de dia da árvore…
Esteja presente em tudo, que isso é o mais importante. Desde a alegria de brincar, até o esforço de acordar a noite, trocar fralda, etc. E quando receber um sorrisinho da criança, você vai ganhar o dia.
Curta cada momento. Cada fase da infância é diferente da outra e são momentos únicos na nossa vida.
Lembro que na fase inicial, uma das coisas que eu mais gostava de fazer era ficar sentado no sofá, servindo de “berço” para o bebê ficar deitado/dormindo de bruços. Nesse momento, eu conseguia descobrir um pouco melhor o significado da palavra paz…
Eu ia almoçar em casa para ver o bebê e à tarde não via a hora de voltar para casa.
Hora do parto
Agüentar firme e ter parto normal. Ter meu marido o tempo todo comigo no hospital.
Acompanhar minha esposa da chegada ao hospital até o nascimento de nossos filhos e levá-los até o berçário.
Não perca a oportunidade de ver seu filho nascendo. Nem a mãe vê. É uma exclusividade do pai e dos médicos, e é muito lindo.
Ver o momento exato em que ele sai da mãe e fazer os ultrassons.
Foi ter assistido o parto. Fotografei e filmei tudo e foi maravilhoso. Emoção única.
Leve filmadora, máquina fotográfica, etc. Mas, na hora H, esqueça de tudo, das fotos, da filmagem… Apenas segure na mão de sua esposa e curtam juntos a chegada de seu filho; É assim, juntos, que vocês devem estar para recebê-lo e criá-lo.
Diálogo
Conversar com a barriga durante a gravidez e todo dia que chego em casa pergunto a eles como foi o dia, se eles estão bem, se aconteceu alguma coisa de bom ou de ruim na escola. O final de semana, eu sou deles, só deles.
Contava histórias e cantava músicas de ninar ou cantigas de roda.
Educação, Relação e Criação
Criei-os com senso de honestidade, de afinco ao trabalho, de retidão moral, de apego aos valores espirituais acima dos materiais, com garra e vontade de vencer pela competência e pela compreensão. A sementinha que plantei frutificou. Quer coisa melhor que isso?
Foi criar meus filhos meio soltos, com coragem de tentar, dizendo pra se levantarem depois de cada queda. Hoje minha filha é corajosa e amorosa (com sete pontos na testa e tudo mais…).
O que fizemos foi dar muito carinho e amor (com consciência) e sermos coerentes. Um “sim” era sempre uma promessa cumprida e um não era “não” para valer. Sempre conversamos muito. Ensinamos o respeito pelas pessoas e pela natureza.
Tomamos a decisão de priorizar todos os nossos esforços e dedicação à educação de nossa filha e também, dar mais importância aos exemplos do que as palavras na nossa relação com ela.
Transmitir valores que fizessem com que eles fossem felizes e deixá-los tomar decisões. Eu diria para você ser simplesmente o que você é, e educá-los para se adaptarem ao meio em que vivem. Possuírem valores sólidos, mas aceitarem os valores dos outros.
Na medida em que percebi o que eu não estava fazendo, dei uma acertada na rota. As mudanças de atitude ou de visão são frutos da tão sonhada experiência que você queria ter com apenas 20, 25 ou mesmo 30 anos, mas que só acontece com o tempo. E hoje vejo que quanto mais ele passa, mas eu consigo dominá-lo e melhor vai ficando a vida.
Escutá-los, tentar compreendê-los e dar muito amor. E se tiver dúvida, dê mais um pouco.
Nunca ter dado ao menos um “tapinha no bumbum” dos meus filhos e conseguir autoridade.
Sempre cumpri o que prometi. Sempre disse a eles que escolhessem o caminho que quisessem desde que realmente se dedicassem ao que escolheram. Procurei não descarregar neles minhas frustrações. Sempre expliquei que o espaço deles termina onde começa o do próximo. Nunca bati em nenhum dos dois e eles nunca responderam para mim. Sempre fui eu mesma e dei o que eu tinha pra dar.
Às vezes queremos que os filhos sejam como nós, que gostem do que gostamos, que tenham as mesmas oportunidades que tivemos. Temos tido muita satisfação em poder expô-los a diversas oportunidades para que descubram o que gostam e para que se desenvolvam em áreas que muitas vezes, não são as nossas preferências ou prioridades. Refiro-me a esportes, música, artes, estudo, lazer/recreação.
Momentos especiais
A primeira vez que peguei meu filho no colo foi demais.
O primeiro sorriso para você, ou quando te chama pela primeira vez: é sensacional.
Trocar fraldas, dar banho, dar mamadeira, papinha, ficar sozinho com ela sem a mãe, me virar para resolver coisas que os pais acham que são funções de mães, etc…
Momentos em que passamos juntos na praia, fazenda (cavalgando) e nos divertimos…
Qualquer coisa que você faça e que seu filho abra um sorrisão daqueles não tem preço! Não tenho uma coisa que dizer… Nada em especial… Qualquer palhaçada, barulho estranho, brincar com bexiga, qualquer coisa que ele olhe para você e dê risada, é o máximo!
Eu nem lembro o que eu tinha feito, mas, quando sem querer, escutei a minha filha de quatro anos contando para as amiguinhas com muito orgulho e imaginação uma façanha minha. Era a coisa mais simples no mundo, mas nos olhos dela era tarefa de “Super Herói”. Nunca nada me encheu de tanto orgulho.
O que faria diferente
Educação, Relação e Criação
Arrependo-me de ter sido muito exigente no que tange ao comportamento social, exigindo atitudes muito acima de sua idade.
Se pudesse voltar atrás, teria usado muito mais o coração, do que os paradigmas pedagógicos para criar e educar meus filhos.
Proporcionar a oportunidade de estudar em escolas melhores, o que infelizmente não foi possível, porém, ele entendeu isso também.
A gente até teve nossa segunda chance e voltamos atrás em muitas coisas: passamos a dar mais colo, a deixar dormir conosco se quiser, soltar mais, abandonamos o berço e aderimos a rede (apesar de hoje em dia termos um gordo mais preguiçoso se comparado com a irmã na mesma idade).
No melhor estilo freudiano eu deveria ter construído uma relação melhor com meu pai. Hoje, tendo filho, estou correndo atrás do tempo perdido, mas não muito seguro se vou recuperar…
Proporcionar maior contato do meu filho com meus pais. Infelizmente meu pai já se foi e conheceu pouco meu filho, mas nunca é tarde para reparar. Tenho feito o possível para ele estar junto de minha mãe, avó e irmã.
Deveria ter soltado-a mais para o mundo, ter posto menos debaixo da asa, assim acho que ela estaria mais forte pra enfrentar o mundo fora de casa.
Me arrependo de não ter levado ela logo a um homeopata, de ter sido muito rígida em muitos momentos.
Se eu pudesse voltar atrás, tentaria motivá-los (também) para alguma atividade artística, música, por exemplo.
Deveria ter explicado que apesar de ela ter que respeitar as pessoas nem sempre ela seria respeitada… Vieram muitas lágrimas de tristeza. Explicar que nós, os pais, não somos perfeitos e que temos os nossos defeitos e problemas… Vieram algumas decepções.
O que eu não fiz com ele e que se pudesse voltar atrás faria é ensiná-lo a dormir sozinho (sem ter que balançar ou cantar para ele dormir), inclusive sem as mamadeiras noturnas porque até hoje ele acorda no mínimo quatro vezes à noite para tomar mamadeira e às vezes dá trabalho para dormir de novo. É um mau hábito introduzido por mim e agora não posso, de um dia para o outro, exigir que ele consiga dormir facilmente se eu o acostumei mal. Esse erro foi cometido por inexperiência e imaturidade, fruto da ansiedade que dá a situação de ter que colocar o bebê para dormir.
Poderia tê-los escutado mais, pois às vezes não dava muito ouvidos aos seus casos achando-os sem importância, quando talvez fosse o mais importante.
Dia-a-dia
Faltou-nos um mês a sós, com cada um de nossos filhotes, ao nascimento, em detrimento de toda e qualquer obrigação do trabalho e de contato com qualquer amigo ou parente.
A maior frustração foi não poder acompanhar seu crescimento, suas vitórias e derrotas, seu amadurecimento. As constantes viagens me impediram disso e esse é o maior arrependimento.
Sempre o trabalho dividiu momentos com as crianças, e acho que o priorizei mais do que meus próprios filhos. Isto é errado. Nada é mais importante que estar presente, o máximo de tempo possível, da família.
E (mais importante, ainda) naqueles momentos que eu estava com eles, mas com a cabeça em outra coisa (exemplo… trabalho) eu teria me educado/policiado para que estivesse 100% concentrado neles.
A preocupação de ser um bom provedor me tornou um pai ausente… Infelizmente o tempo não volta atrás e embora hoje nos visitemos com freqüência, sinto falta de não ter acompanhado a evolução natural: os primeiros passos, as primeiras palavras, os primeiros passeios, a ida a escola, a primeira namorada e muitas outras coisas.
Eu estive quatro anos afastado de casa, trabalhando em outra cidade. Creio que a família toda sentiu muito esse distanciamento. Perdemos muito do carinho, da amizade e dos diálogos no período. Continuo pensando que foi inevitável, mas abalou muito.
Se o dia-a-dia permitisse, gostaria de passar mais tempo com minhas filhas.
Ficar mais tempo com os filhos e desfrutar de suas infâncias.
Se eu pudesse apenas estaria mais perto deles…
Primeiros dias
Não esqueçam de dar uma arrumadinha no cabelo da mamãe depois que ela voltar para o quarto. É normal mamães saírem todas descabeladas nas primeiras fotos e não se gostarem muito.
No fim do primeiro dia, eu estava exausta pelas novidades e visitas. Legal se der para moderar as visitas no primeiro dia.
Deixar mãe e sogra pra fora de casa… Elas são maravilhosas, mas esse é um momento único na vida do casal e quanto menos interferências externas e palpites, melhor… As visitas são bem vindas, mas curtas e rápidas (esta é a parte mais difícil).
Se pudesse, assistiria o parto de minha filha.
Não tive a oportunidade de cortar o cordão umbilical (hoje penso nisso, mas não sei se teria coragem de fazer).
Tirar um período de “férias” maior que os oito dias de licença paternidade
Momentos…
Brincar mais no chão com os filhos (mas ainda tenho tempo para consertar isso…).
Me arrependo de não termos filmado nossa filha pequena.
Eu tiraria mais fotos, gravaria mais coisas, etc. Ande sempre com a máquina a tiracolo.
Apesar de ter muitas fotos da minha filha, sempre acho que poderia ter tirado mais, meu bebe já esta virando uma criança e sinto que já passou muito tempo e não registrei vários momentos.
Eu faria o que meu pai fez comigo. Ele me carregava para todos os lugares aonde ia e me ensinava tudo que sabia fazer. Eu gosto muito dessa idéia de companheirismo entre pais e filhos.
Se fosse uma menina faria uma casinha de bonecas, que ela pudesse entrar dentro e brincar com uma casa. Eu planejei fazer isso e fui adiando, o tempo passou e até hoje sinto que deveria ter feito. Se for menino, eu iria jogar mais bola e acampar.
Tirar férias e aproveitar os filhos. Tire sua licença paternidade e curta, meu caro.
Sem dúvida, ficaria mais tempo com eles, viajaria mais, daria mais risadas, enfim seria mais sábio e aprenderia ainda mais.
Viajaria mais com as crianças, pois os momentos que nós conseguimos nos “entregar” aos pequenos, longe da rotina e do trabalho, são indescritíveis.
Aprendizado
Teria tido mais um filho. Tenho só uma filha.
Querer “esperar mais” para ter filhos.
Fui pai tardio, tinha medo. Eu pensava nisso e queria fugir do compromisso.
Não demoraria muito para ter um segundo filho. Até dois ou três anos é o suficiente, depois você acaba não tendo outro.
Quando nosso filho chegou (nós o adotamos), fiquei meio que em estado de “choque”. Primeiro porque não tivemos a oportunidade de esperar nove meses para amadurecer a idéia e segundo pelas incógnitas que estavam vindo juntas com a adoção. A responsabilidade parecia enorme, maior do que eu deveria ou poderia ter assumido naquele momento, e achei que se tivesse esperado mais um ou dois anos eu teria as condições mais apropriadas para ter um filho. Iniciei essa empreitada muito preocupado com o futuro. Quando as coisas mudaram: vi que o que ele mais apreciava eram as coisas simples e os momentos juntos para brincar. No presente. Comecei então, fazendo as coisas mais corriqueiras: andar de bicicleta, jogar bola, desenhar, tomar um banho de piscina. No final você vai mesclando o que lhe dá prazer e o que dá a ele também. Aprendi a ser menos futurista e aproveitar o momento. Em resumo, o que o que mais me agrada é poder ver e acompanhar o crescimento deles com saúde e integridade. E torcer para que eles sejam felizes, do jeito deles.
Antes eu tinha pressa, queria que crescesse rápido, agora tento aproveitar mais cada fase, porque sempre tem um lado trabalhoso e outro muito prazeroso.
Comentários extras (e valiosos)
Vocês estão por mudar para a melhor fase da vida: o da convivência com os filhos.
Lambe bastante a tua cria, pois é muito bom.
Não há uma receita para criar filhos, já que cada pessoa nasce com sua própria personalidade e índole.
Tenho quatro filhos. Penso que ter três ou quatro é um bom conselho. Eles crescem juntos e acabam sendo bons companheiros entre eles depois. É muito mais fácil criar três ou quatro, do que dois ou um.
Um equilíbrio na educação, convivência familiar, outras participações na comunidade é mais importante que só uma escola cara e boa.
Uma coisa importante é não ir jogar futebol no dia do Nascimento. Eu fiz isto no meu terceiro e até hoje quando tem qualquer cobrança vem a frase: “você foi jogar futebol no dia do nascimento do seu filho”.
A gente pensa que os filhos vêm para a vida para que a gente os ensine a viver. Na verdade, o que ocorre é exatamente o contrário.
Só a decisão de ter filhos é de uma satisfação que não tem nada igual. Podemos criar uma empresa, uma fazenda, um grande negócio, mas nada é mais importante do que fazer um semelhante, um filho. A satisfação maior é tê-los, e de vê-los a cada dia crescer.
Não fique chateado, nem com ciúmes da sua esposa: depois do seu filho, o homem mais importante na vida dela é o pediatra.
Saiba que você nunca mais vai dormir da mesma forma. Suas noites serão interrompidas, no início, por choro, fome, fraldas sujas, etc. Depois, porque ele vai pedir para dormir com vocês ou acordar no meu da noite querendo brincar ou porque está doentinho. E, daqui a alguns anos, você não vai dormir direito porque ele saiu com o carro e ainda não voltou da noitada… Enfim, diga adeus às suas noites de sono. Mas, o mais legal disso tudo é que você, ao olhar para os anos que passaram raramente se lembra desses momentos. As lembranças que ficam são maravilhosas, por isso, é tão bom ser pai.
Fique ainda mais próximo de sua esposa no pré-natal, durante o parto e depois do nascimento do seu primeiro filho, pois com ele nasce a sua família. Nesse período é que se imprime boa parte das características de agitação ou serenidade ao bebê por isso, fique tranqüilo… Eles evoluíram para resistir à inexperiência dos pais! Demonstre todo carinho a sua esposa e se for necessário contrariá-la por qualquer motivo, faça com amor e muita paciência.
Foi tão bom seu e-mail que quis responder também. Primeiro realmente esse é um momento maravilhoso. A mamãe deve estar com barrigão enorme, com pezinhos nas costelas e ofegante. O mais estranho de tudo é que depois a gente tem muitas saudades dessa época. Ter um filho é a maior alegria e o maior medo de errar que já tive ao mesmo tempo.
Tive esta notícia em ocasião de uma viagem. Quando a recebi, flutuei. Esta emoção é indescritível. Temos dois filhos. Todo o momento é o momento, e não volta.
Curta-os, viva os filhos. Este é o maior patrimônio que podemos ter. Gostei deste teu e-mail, devemos viver a vida mais humanamente.
Não vou simplesmente responder para eliminar mais este da caixa de saída. Vou usar esta oportunidade para refletir sobre a minha vida, e espero com isto contribuir para a sua.
Caso sejam da religião católica, sugiro que, na escolha dos padrinhos de batismo, optem não necessariamente por familiares, mas sim por pessoas que realmente poderão acompanhar essa criança pela maior parte de sua vida (portanto cuidado para não optarem por pessoas muito mais idosas que você e tua esposa). E que essas pessoas realmente possam servir como a referência de vocês para dar continuidade a essa criação.
Esquecemos de tirar foto com o obstetra que foi uma pessoa super legal e importante naquele momento.
Se o rebento ainda não mudou, mudará a tua vida para sempre. Sua vida será muito melhor com ele e os demais que vêm por aí.
Rapaz, não tem um dia que eu não agradeça aos céus o presente! A vida com filho é vida completa, de responsabilidade? Não. De alegrias e de aprendizado.
Nasci de novo meu amigo e dessa vez nasci mais forte. Lembrar do menino, da esposa carinhosa que cuida dele, ajudar a cuidar, trocar as fraldas, fazer dormir, ensinar, ver que ele me olha como se eu fosse a coisa mais linda do mundo (depois da mãe dele, é claro), limpa os sentidos e clareia as idéias.
As maledicências do mundo moderno pouco mal me fazem agora, estou blindado e mais animado do que nunca. É só chegar em casa e ver meu filho e minha esposa, aí sou forte, sou remanso, sou Pai.
O que posso dizer apenas é que com um filho tudo muda, a começar pelas nossas prioridades. Tudo é aprendizado quando se tem alguém novo na família e que foi recebido com muito amor. Queremos que os nossos sempre bebês sejam os melhores em tudo, mas o que você perceberá é que eles têm qualidades e defeitos, assim como nós. Entender e respeitar os limites dos filhos é uma busca constante.
Um dos meus filhos escreveu em um trabalho na escola dizendo que eu faço o melhor churrasco do mundo! Eu entendo que a essência da história é que eu devo ter feito churrasco com amor e dedicação, e ele percebeu isto e aproveitou aqueles momentos mágicos. Faça com amor e dedicação e aproveite cada momento com o Vicente. Ele retornará com mais amor e o ciclo positivo de uma relação feliz está criada.
De um gourmet, especialista em carnes e gastronomia: O que me deu mais satisfação foi o almoço de ontem lá em casa com todos à mesa. O que eu não fiz? Almoço no domingo passado.
Certamente que o nascimento dos filhos é um momento ímpar, inesquecível e transformador. A partir de agora as chances de nosso individualismo triunfar se vêem tremendamente prejudicadas.
O poder já tem novo dono e não temos a mínima consciência de que isto aconteceu porque o desejamos. Mas é uma nova e extraordinária percepção do nosso universo particular. Que bom e saudável poder viver isto.
Parabéns também pela iniciativa. Sem dúvida se a gente perguntasse mais, erraria menos.
Meu comentário
“Tenha mais tempo para seus filhos, a vida passa rápido e você nunca conseguirá voltar atrás”. Percebi isso na pele. Minhas viagens a trabalho estão ficando mais marcantes em relação ao tempo.
Antes eu voltava, depois de 3-5 dias fora, e tudo continuava normal. Não tinha a impressão de que o tempo tinha passado, 3-5 dias “não faziam falta”. Agora, depois de 5 dias, muita coisa mudou, meu filho aprendeu coisas novas, está fazendo mais brincadeiras, interagindo mais. Parece brincadeira, mas não é. Agora o tempo passa, realmente.
Sugestões de livros, indicados pelos amigos
“O que esperar quando você está esperando”.
“Quem ama educa”, de Içami Tiba.
“Larousse Pais e Filhos”.
Nossas dicas de livros
Para futuros pais e mães de primeira viagem: “Mothern, manual da mãe moderna“. Um livro legal, e descontraído sobre o que é ser mãe (e pai) nos dias de hoje.
Para quando o filho nascer: A auto-estima do seu filho. O melhor livro que encontramos até o momento que explica como o lado psicológico do seu filho se desenvolve. Muito útil para entender a cabeça dos pais também.
Shantala, de Fréderic Lebouier.
Finalmente
Leticia, minha esposa, me ajudou a resumir, organizar e escolher as respostas dos amigos. A todos, muito obrigado. Deixe também suas respostas nos comentários, abaixo. Desculpe o texto longo, obrigado pela leitura.
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