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No segundo dia do MIXX 09, evento da IAB em Nova Iorque, a grande atração da manhã foi Chris Anderson, autor dos aclamados Long Tail e Free, entrevistado pelo jornalista Charlie Rose, considerado o melhor entrevistador dos EUA. O tema da conversa foi o livro Free e como as empresas de mídia vão se adaptar a esse novo modelo. Chris fez um resumo bacana do seu livro, dando alguns destaques interessantes.

Produzir e distribuir conteúdo pela internet se democratizou. Custa muito pouco e esta cada vez mais barato. Os precos caem 50% ao ano. Nao há mais monopólio das grandes empresas de mídia. Como os empregadores de Chris e Charlie :-) A facilidade de produzir e disponibilizar, leva a um grande inventário de mídia a ser vendido. Oferta cresce mais que demanda, preco cai.

O desafio da mídia hoje não é mais construir uma grande base de usuários, ou eyeballs como os gringos adoram repetir. O problema agora é outro, como fazer para ganhar dinheiro se grande parte do seu conteúdo é de graça. Segundo Anderson, o desafio agora é criar novos produtos, novos serviços que serão a parte premium do seu produto, usando o modelo de negocio freemium (free + premium).

Nao há receita de bolo e parece que ninguém sabe a resposta ainda. Mas todo mundo está procurando a sua. As pistas sao serviços, conteúdo extra, formato diferenciado, souvenirs, entre outros.

Chris Anderson citou dois exemplos. O primeiro foi o grupo de comédia Monty Python, que cansado de ver seus vídeos pirateados no youtube, resolveram eles mesmos criar um canal exclusivo do grupo, com tudo de graça. E venderam muito, muito mais DVDs com isso. O outro exemplo é o proprio livro Free. Teve versão grátis (por apenas uma semana) no Kindle, outra grátis para leitura online, audiobooks grátis. E mesmo tendo muitas versões grátis virou bestseller da versão paga (impresso). É provavel que as versões grátis ajudaram a vender mais a versão paga, pois gerou atenção, buzz. Eu mesmo tenho duas versões grátis (kindle e audiobook), mas não tenho a paga.

Chris falou muito: atenção hoje vale dinheiro, pois é escassa.

No final, falou de um tema que não conhecia e fez sentido, despertou o interesse. Disse que o “small” é cada vez mais importante. Mesmos as grandes empresas, com presença global, estão pensando em como construir negócios com foco no local, em pequenas comunidades, pequenos grupos de pessoas. Um bom dever de casa, para quando voltar ao Brasil.

O modelo freemium pode não estar definido como será na prática para as empresas de mídia, mas Chris Anderson já descobriu o dele. Escreve livros sobre o grátis e vende palestras caras para explicar o conceito ;-)

Escrevi esse post para o Blue Bus, e foi publicado resumido no mesmo dia do evento, há duas semanas.

Leia os outros posts que escrevi sobre o Mixx 2009.

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Acabei de assistir a primeira parte do primeiro DVD do box “O poder do mito” de Joseph Campbell. Há tempos me interessava em conhecer mais sobre esse autor, mas nunca dava certo. Há algumas semanas, meu amigo Eduardo Carvalho me indicou o DVD e por impulso comprei o box no mesmo dia. Hoje consegui assistir com calma, tomando um vinho, a primeira parte.

Joseph_Campbell

É impressionante, Campbell tem um conhecimento profundo do ser humano. Ele estudou inúmeras religiões, mitos, crenças, culturas e explica com uma didática incrível suas semelhanças.

Ele mostra, de forma muito humilde, que o homem, há milhares de anos, nos mais diversos lugares do mundo, busca as mesmas coisas, tem os mesmos medos, precisa vencer os mesmos desafios. É interessante perceber que nossa vida atual difere pouco, na essência, dos índios norte-americanos há mais de 100 anos. Dá uma ótima reflexão sobre a vida.

Algumas anotações que fiz, desse entrevista de cerca de uma hora.

  • Todos nascemos heróis. Nascer é um ato, uma passagem heróica. Inclusive para a mãe.
  • O herói muitas vezes se sacrifica, logo além de admirar, devemos sentir pena. Não é tão bom assim ser herói. Se paga um preço por isso.
  • Todas as religiões têm grandes semelhanaças.
  • O herói se transforma pelas provações que é submetido.
  • Star Wars é um filme inspirado nos livros e conceitos de Joseph Campbell. Ele usa muito dos conceitos do que é um herói, etc. Talvez por isso fez tanto sucesso (inclusive comigo, que sou um grande fã).
  • No filme Star Wars, o Jedi ganha uma espada, mas também ganha uma missão, um compromisso psicológico.
  • A frase no final do primeiro filme da série “Use the force”, marca muito. E Campbell comemora a habilidade de George Lucas usar um conceito milenar numa linguagem que adolescentes de hoje entendem e apreciam.
  • O herói suporta o desafio do tamanho que o ambiente mostra, e vice-versa. Ou seja, a provação, o teste é audacioso, mas não impossível.

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  • O filme Star Wars se passa no espaço pois atualmente o planeta inteiro está conquistado, é conhecido. Precisamos ir ao espaço para encontrar o desconhecido. Há 50 anos isso era diferente, ainda havia muitas partes do mundo desconhecidas, inexploradas.
  • Me lembrei muito do filme Matrix, das escolhas, das duas pílulas, das duas realidades.
  • Associei as provações que o herói passa, dos desafios, das dificuldades descritas por Campbell, com as dificuldades de se empreender nos negócios. Talvez tenha alguma ligação e talvez por isso (me) atraia tanto.
  • O grande desafio é viver dentro do sistema, se deixar de ser humano.
  • Quando as pessoas encontram sua motivação interna, o que as anima, elas se acertam.
  • O dragão europeu é um símbolo da cobiça. O interessante é que ele geralmente guarda ouro e moças virgens, duas coisas que guarda, conserva, preserva, mas não usufrui. Talvez o mesmo ocorra com qualquer coisa que prendemos com nossa cobiça: temos, mas não aproveitamos.
  • O dragão é nosso ego. Nos prendemos dentro de nossa própria jaula.
  • Não é preciso salvar o mundo. Quem se salva, salva o mundo por tabela. O mundo é um deserto, devemos focar nas pessoas, em especial em nós mesmos.
  • O atleta performa quando está calmo, quando está no seu “centro”.
  • Buda não diz qual a resposta, mas mostra o caminho. E cada um precisa encontrar o seu caminho.
  • As igrejas são uma forma de te proteger da “loucura” do dia-a-dia. Dentro delas você encontra imagens, sons, iluminação que te acalma, que te levam a desacelerar, a refletir, a meditar.

Gostei muito dessa primeira parte e vou em breve assistir os próximos.

Uma coisa muito legal do Joseph Campbell é que ele criou sua carreira. Decidiu que seria professor de mitologia, só que essa cadeira não exisitia. Ele não desistiu. Estudou, batalhou, até conseguir. Se tornou o maior especialista do mundo no tema.

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Assisti semana passada a um DVD produzido pelo IPLA e apresentado por Jorges Forbes, com o título Felicidade na clínica de Jacques Lacan. Fiz algumas anotações, bem no padrão neófito, que compartilho abaixo.

Tenho me interessado cada vez mais por psicologia e esse aprendizado tem me ajudado muito na busca por auto-conhecimento e qualidade de vida. DVDs como esse são, na minha opinião, uma excelente forma de aprender mais sobre o assunto. Uma aula com um especialista, que sabe muito do assunto e sabe apresentar. Como está gravado, você pode assistir onde e quando quiser.

Minhas anotações e meus comentários:

Em psicanálise se cria pouco, o principal é a recombinação. Não entendi :-)

Alguém recomendou a um jovem poeta:Não comece falando sobre amor, sobre felicidade. Falar sobre o amor é muito difícil, em especial se você não quer soar “água com açúcar”.

Quando o analisando diz “estou feliz”, já basta, disse Jacques Lacan, em uma palestra em Yale.

Ser normal é estar dentro da norma. Ou seja, é muito ruim ser normal (pelo menos para mim). Que alívio. :-)

Jorge Forbes indicou e citou mais de uma vez o livro Profanações, de Georgio Agambem, que quero comprar.

Felicidade é a capacidade de sentir magia. Acreditar que é possível criar magia. Por isso as crianças são, em geral, muito mais felizes que os adultos.

Amizade pode ser por prazer, por interesse ou por solidariedade.

Solidariedade é estar bem consigo mesmo.

Felicidade é possível se for disfarçada. Essa eu não entendi. :-)

O seu máximo é o mínimo para o outro. Uma bobagem. Nós somos uma bobagem. E é possível ser uma maravilha, sendo uma bobagem. Gostei dessa passagem, como isso acontece. O que é diferente, especial, único para você, para os outros isso quase não tem valor. Isso já aconteceu comigo muitas vezes. Há mais tempo achava estranho, ruim. Agora parece até um elogio.

A diferença e a excelência são solitárias. Quando você se destaca, você se separa dos outros, da multidão. Fica sozinho. E se não souber ficar sozinho, enlouquece. O fracasso é solidário, todo mundo te apóia.

Felicidade é suportar espaços vazios, silêncios e música clássica. Gostei dos dois primeiros pontos. O terceiro não entendi (deve ter sido uma piada, que só especialistas entendem rs..). Acredito que para ser feliz, você precisa se bastar, precisa conseguir viver e passar bem o tempo que tem consigo mesmo, sozinho. Pode ser um pouco egoísta, mas acho que é necessário.

Sair da relação de culpa e ir para a relação de responsabilidade. Essa eu também não entendi.

Ser consequente com seu dizer. Escuto isso da minha psicóloga sempre, mas confesso que ainda entendo pouco, sobre o real significado disso.

Felicidade, em francês, significa encontro (bonheur = boa hora).

Felicidade é suportar a surpresa e o acaso.

Comentário extra: Usei o bloco de notas do IPhone para anotar esses pontos, enquanto assistia ao DVD. Achei que valeu a pena. Estou usando cada vez mais o IPhone para coletar minhas idéias e impressões, a medida que vou pensando, vivento, nessa correria que é minha vida.

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Assisti há pouco um filme excelente, com título curioso. Quem primeiro comentou sobre o filme foi o Júlio Daio Borges, do Digestivo Cultural, minha melhor fonte de recomendações de filmes atualmente.

O que o Júlio disse, sobre o filme:

O Banheiro do Papa, por mais curioso que pareça o título, é sobre empreendedorismo à latino-americana…

O filme conta a história da visita do papa João Paulo II a cidade uruguaia de Melo, em 1988. Os moradores esperam a visita de dezenas de milhares de pessoas e decidem criar inúmeros empreendimentos para faturar com a visita, barracas para venda de linguiça com pão (choripan), tortas fritas, algodão doce, etc.

O personagem principal do filme (Beto) é um muambeiro de bicicleta. Vai ao Brasil todos os dias comprar encomendas das vendas da cidade. E tem a brilhante idéia de construir um banheiro e vender ingresso para os milhares de visitantes, que virão a cidade ver o papa.

Como diz a sinopse no site oficial do filme:

Até os dias de hoje, a data simboliza a maior calamidade econômica na memória dos habitantes do vilarejo.  Toda a comida e bebida não foram consumidas e, portanto foram doadas ou simplesmente desperdiçadas.

Os créditos iniciais avisam, de forma engraçada:

O Banheiro do Papa (El baño del Papa) é baseado numa história real, que só poderia ter acontecido por uma tremenda falta de sorte.

O filme é triste, mas tem várias passagens engraçadas. Gostei muito, e acredito que podemos tirar uma série de lições para empreendedores, como muito bem disse o Júlio, em seu digestivo.

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Alguns pontos que me marcaram:

  • a persistência de Beto
  • os diálogos entre os dois amigos, parceiros de muamba e vizinhos
  • as dificuldades do protagonista como pai e como marido
  • as relações complicadas com a polícia da fronteira
  • as cenas na parte final do filme, com o resultado das iniciativas dos moradores
  • o sonho de uma vida melhor da filha do muambeiro, que quer ser radialista
  • o sonho de Beto, de subir na vida, trocando a bicicleta por uma moto 125 usada
  • o efeito que a imprensa causa
  • os impecilhos para um empreendedor fundo de quintal: dinheiro, informação

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Veja o trailer

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Comecei a ouvir audiolivros recentemente e tenho gostado muito. Primeiro com as edições em áudio da revista The Economist, depois com resumos de livros da Summary. Agora comprei meu primeiro livro da Audible americana.

Aqui no Brasil também começam a aparecer opções.

Comprei uma edição de áudio da revista VendaMais. A qualidade da produção do áudio é muito boa, mas achei o conteúdo um pouco “simples” demais. O CD é gravado em áudio normal, ou seja, roda em qualquer toca CDs. Já a revista impressa é muito boa. Comprei a última edição e achei que melhorou muito em relação a uma que li há +- um ano.

A empresa Audiolivro começou a publicar títulos em portugues, mas ainda não comprei nenhum. Achei o formato bom. Como o da Venda Mais, vem em uma caixa de DVD, que faz uma boa apresentação, mas nesse caso vem em MP3, o que facilita o uso e carregar arquivos maiores, apesar de não tocar em qualquer som. Acho que vale a pena ser em MP3.

Acho que o áudio-livro é um produto que tem muito futuro, pois cada vez passamos mais tempo em locais onde não podemos ler, e eu (pelo menos) quero ler cada vez. Um grande exemplo é o tempo passado dentro do carro, na estrada ou no trânsito.

Acho ótimo ouvir músicas, mas acho que posso aproveitar melhor o tempo, para me atualizar. Em especial em viagens a trabalho. Criei ate uma regra simples, se for viagem a trabalho, áudios de atualização pessoal, se for a lazer, só música. Até porque, nas viagens a trabalho geralmente estou sozinho, e não vou encomodar ninguém com minha seleção.

Li uma entrevista com Donald Katz, fundador e CEO da Audible, principal empresa americana de audiobooks, que foi comprada pela Amazon no inicio do ano por US$ 300 milhoes.

Abaixo alguns trechos que mais gostei.

A empresa oferece hoje mais de 80 mil títulos, incluindo livros, revistas e até jornais diários.

Alguns atores, ou autores, que lêem os livros, tornam o conteúdo ainda mais interessante. Ouvir um livro nos remete à infância, quando nossos pais liam para nás, na cama. E também a maneira mais antiga de se passar informações e histórias – contando-as. Por exemplo: escutar o livro do Obama lido por ele mesmo pode ser melhor do que le-lo, pois voce consegue aproveitar a ótima capacidade oratória dele também.

Katz recomenda também o livro “No asshole rule”, do Robert Sutton, publicado no Brasil como “Chega de babaquice“. Já li resenhas e acho que deve ser muito interessante.

Os clientes Audible consomem (ouvem) em média 15 livros por ano.

Donald diz que procura ler (além de ouvir) sempre que possível. E faz uma colocação interessante, escutar no carro, e chegar em casa e continuar a ler no Kindle.

Eu já fiz isso, escutei a edição em áudio da Economist, gostei tanto de um “special report”, que li depois, no papel.

A empresa fechou 2007 com mais de 450 mil assinantes, crescendo de uma base de 380 mil em 2006.

A venda para a Amazon está liberando tempo, agora ele pode se dedicar 100% a empresa, antes gastava 40-50% do tempo lidando com advogados, contabilidade, etc. Agora pode focar na estratégia central da empresa. E tem outras pessoas tocando essa parte.

Update: ótima resenha sobre audiolivros do site Efetividade.

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Assisti esse final de semana “O cheiro do ralo”, com Selton Melo. O filme mostra a história de um negociante de coisas usadas, que compra pertences pessoais de quem passa por necessidades financeiras. Selton Melo, no papel do comprador Lourenço, compra de tudo, paga muito pouco e despreza as pessoas.

Faz pouco caso das histórias de cada um, e da importância de cada item comprado. Como ele mesmo diz, em uma cena, “preciso ser frio, para comprar barato e ganhar algum lucro ao revender”. Da frieza inicial, ele começa a ridicularizar as pessoas.

Na banheiro ao lado de sua sala, o ralo cheira muito mal e isso começa a incomodá-lo, atrapalhando seus pensamentos. Na maioria dos negócios, as ofertas são ridiculamente baixas. Compra um faqueiro de prata por R$30,00. Faz questão de demonstrar pouco caso pelas pessoas. E toma o troco ao oferecer R$100,00 (e depois aumentar a oferta para incríveis R$112,00) por um violino Stradivarius. O vendedor, visivelmente chateado com a oferta absurda, diz que o cheiro do ralo é o cheiro dele, e explica porque. No fundo, tem razão direta e indiretamente.

Ele começa a comprar algumas coisas sem nexo, como um olho de vidro e uma perna mecânica. O olho se torna seu companheiro inseparável e ele pretende mostrar o mundo ao olho. O vendedor do olho diz “esse olho vale muito, já viu de tudo nesse mundo”… Lourenço compra o olho, paga caro, e fica vidrado no olho. Pela perna, também paga caro. Ele também é aficionado pela garçonete do lanchonete que frequenta, rs…

Lourenço diz não gostar de ninguém. Seu trabalho se beneficia disso, e o torna ainda mais distante das pessoas. É um retrato caricatura das pessoas que só pensam no dinheiro e esquecem dos relacionamentos, da importância das pessoas e de que na vida, sozinhos não somos ninguém. Também mostra que essas pessoas têm dificuldades em se relacionar verdadeiramente, preferindo sempre fazer trocas envolvendo dinheiro (e sem envolvimento).

O filme pode ser usado também como uma aula de negociação, que se baseia nos pilares: tempo, poder e conhecimento. O comprador tinha tempo e poder, o vendedor, indo naquele local indicava que não tinha nem tempo (precisava do dinheiro imediatamente) nem poder (para barganhar o preço). O conhecimento do vendedor sobre o produto não interessava ao comprador, que não queria saber das histórias e das emoções envolvidas. Isso inclusive diminuía o poder do vendedor. O comprador (Selton Melo, no papel de Lourenço) se aproveitava disso e humilhava quem vendia.

Outro fato interessante é que a negociação era do tipo “uma vez e nunca mais”, pois Lourenço não se preocupava em forjar um relacionamento com quem vendia (muito pelo contrário), e isso fazia com que todos o odiassem.

Se você tem um violino Stradivarius e precisa desesperadamente de dinheiro, procure quem gosta/precisa/quer um violino, não quem compra qualquer coisa “na bacia das almas”, para revender com algum lucro.

Algumas frases do filme, que me fizeram rir.

– “Se a comida aqui fosse boa, esse lugar seria o paraíso”, cantando a garçonete.

– “Mulher é tudo igual, se bobear seu nome vai parar na gráfica”, comentando sobre o risco do casamento indesejado.

As tentativas de arrumar o problema do ralo são engraçadas. A relação de Lourenço com o ralo e as conexões altamente improváveis que ele faz entre os acontecimentos da sua vida e o mau cheiro são inusitadas. O diálogo com os encanadores também são ótimos. O filme tem alguns diálogos e cenas um pouco pesadas, mas tem partes muito engraçadas.

Cheiro do Ralo

Cartaz do filme. Esse olhar de Selton Melo, “olhando o olho olhar” é marcante no filme.

O site AdoroCinema.com tem algumas críticas interessantes. Duas que selecionei: “ri muito do filme e me choquei também” e “ousado, engraçado, triste, cenas fortes.” As fotos são de lá.

Um dos vendedores desesperados, e humilhados por Lourenço (personagem de Selton Melo).

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Assisti nesse final de semana o DVD do filme Viagem a Darjeeling, do diretor Wes Anderson. Um filme excelente sobre uma viagem de três irmãos americanos à Índia, depois da morte do pai. O bacana do filme são os personagens complexos e cheios de problemas e nóias. A viagem deveria ser “espiritual”, mas acaba sendo várias outras coisas.

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Ri muito durante o filme e lembrei de bastante coisa do meu relacionamento com meus irmãos. Gostaria de fazer uma viagem nesse estilo (em parte) com eles.

Algumas das passagens que mais gostei e me diverti.

– os irmãos brigam a todo momento (me pareceu muito familiar rs..).

– um dos irmãos escolhe o cardápio para os outros, que ficam chateados, mesmo não querendo pedir outra coisa.

– a escolha da cama no trem também é feita baseada na definição mais correta de “irmamente”.

– cada irmão tem sua doideira, seus problemas e isso incomoda os outros. Cada um se acha normal, e só vê os defeitos dos outros. Também é bem comum.

– os irmãos têm mini-segredos entre si, que contam, mas não a todos. Como era de se esperar, os segredos “vazam”.

– são constantes as zoações e implicâncias entre os irmãos.

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O filme também tem algumas outras passagens hilárias, como “a briga” dos três e seus equipamentos, o engraxate de sapatos e sua malandragem, a forma imbecil de se eliminar um vidro de perfume indesejável e os constantes atrasos para se alcançar o trem, em cada uma das paradas. E também o aviso inusitado, de um dos irmãos, a esposa grávida de 7 meses e meio sobre a viagem.

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Me diverti a beça. Eduardo, obrigado pela dica, finalmente chegou em DVD, em Piracicaba. As imagens são do site AdoroCinema.com.

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