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Archive for the ‘Uncategorized’ Category

Juno é um filme sobre uma menina de 16 anos que engravida (acidentalmente) do melhor amigo. Ela prefere não abortar e entregar o filho para adoção. O filme não foi muito comentado no Brasil, mas fez bastante sucesso nos EUA. O filme é muito bom e engraçado. Os relacionamentos, bem especiais, são a melhor parte do filme.

O primeiro comentário foi do Ben Casnocha, que disse “é um bom filme, que lida com difícieis situações da vida, de forma engraçada e apropriadamente complicada. O filme é do mesmo diretor do filme “Obrigado por fumar”, que também é ótimo.

Os personagens

A menina, Juno, mora com o pai e madrasta. O relacionamento com o pai é cordial, e com a madrasta quase. O “acontecimento” ajuda a aproximar a família. Os pais dão um bom suporte a menina, e apóiam a entrega para adoção.

Juno começa a procurar anúncios no jornal de pais interessados em adotar. Os anúncios são parecidos com piadas de anúncios “mulher procura…”. O casal que é o escolhido é uma figura. O “pai” indeciso com a paternidade. A mãe extremamente controladora, muito cri-cri, chata.

O “pai da criança” é um adolescente bonzinho, educado, bem nerd, que não tem idéia do que está acontecendo. Além disso é viciado em Tictac sabor laranja. Imagine a figura.

O filme foge dos clichês tradicionais, além de ter algumas cenas que garantem boas risadas. O teste rápido de gravidez feito repetidas vezes é uma delas. Quem já passou por isso, que o diga. rs..

Um detalhe: Juno tem um telefone em forma de hambúrguer.

Lição de marketing

Uma lição de marketing e administração do filme. Até clínica de aborto precisa de bom atendimento ao cliente. Antes de tentar a adoção, Juno busca anúncios de clínicas de aborto e se interessa por uma: Women now. O slogan: onde mulhers cuidam de mulheres (ou algo do genêro). Soava perfeito para o que ela buscava.

Ao chegar na clínica, primeiro encontra uma colega de turma chinesa, que protestava contra o aborto. A amiga disse a Juno que bebê têm unhas. Isso mexeu com a menina. rs..

Entrando na clínica, é atendida por uma “master” em perfeito atendimento ao cliente, que repete o slogan da clínica, sem olhar nos olhos de Juno, continuando a jogar um mini-videogame. Além disso, faz comentários terríveis sobre a cortesia da empresa, preservativos com sabor. Bebês com unhas e atendimento pior impossível = perda de um potencial cliente.

Minha esposa não acreditou quando contei essa minha observação de empreendedor sobre o filme. Faz parte da vida. Quem está ligado, enxerga coisas diferentes, nos lugares de sempre.

Fotos

Pôester do filme Juno

Pôster do filme Juno

Jantando com o pai

Jantando com o pai

O casal

O casal

Os futuros pais

Os futuros pais

As fotos são do site Adorocinema.com.

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Jogos Ol�mpicos China
Ilustração da revista The Economist

Estou com a impressão que esses jogos olímpicos vão ser um fiasco para a China.

O tempo da transparência chegou e não é mais possível mostrar o que é bom, esconder o que é ruim. A velocidade da informação e o poder do cidadão comum, que com acesso a internet, ou um celular com câmera (até de vídeo), pode fazer um estrago nunca visto antes.

Além disso, o número de pessoas dispostas a protestar é muito grande. Quem poderia imaginar que em diversos países, seria quase impossível correr com a tocha olímpica na mão, pois manifestantes malucos tentariam apagá-la com tudo, até extintores de incêndio?

Eu nunca pensei que isso fosse possível. Quando vi ao vivo e a cores a tocha olímpica passando perto da minha casa no Rio, há alguns poucos anos, a emoção foi incrível. Milhares de pessoas na ruas vibrando com o espírito olímpico, incentivando nossos atletas. Um momento muito bacana. Vou lembrar disso por um bom tempo.

A tocha é um dos principais símbolos da integração entre povos, une as pessoas. Nos deixa com um astral melhor. Os protestantes combateram isso, imagine o que vamos ver daqui alguns dias, durante os jogos.

Acho que os protestos são justificáveis. O meu ponto é que acho que a China fez um mal negócio. Tentou se mostrar, se vender para o mundo, com essas olimpíadas. Ouvi dizer que vão até interditar as indústrias que mais poluem por 60 dias, para melhorar o ar de Pequim… Pode acabar “queimando o filme”.

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Tentando ser normal

Esse Hugh MacLeod é simplesmente demais…

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Ontem participei de um curso sobre Jacques Lacan em São Paulo, no IPLA. O curso era uma introdução a teoria do psicanalista Jacques Lacan. O melhor resumo que consegui fazer é de que a psicologia de Lacan é baseada na fala, no que falamos e como falamos.

O curso foi muito interessante. Mesmo não sendo psicólogo consegui aprender bastante coisa. Foi legal também entender mais sobre como é “feita” minha terapia.

Algumas frases/conceitos interessantes, que anotei e me ajudaram (mesmo sem ter certeza de que entendi tudo):

– Lacan substitui o “sinto que” por “te escuto”, dando mais ênfase no discurso, no que o paciente fala (e como). Achei essa parte muito interessante. Aumenta minha percepção do valor da palavra, do que é dito. O valor do que falamos é muito grande.

– A dor é solidária, o sucesso é solitário, podendo se tornar uma dor solitária. Interessante pensar nisso, especialmente se buscando o sucesso. Interessante também o fato de que a sociedade não gosta do sucesso, pois quem faz sucesso se distancia, se afasta dos outros.

– Cada pessoa olha o mundo de uma janela única. Para se melhorar, como pessoa, é preciso chegar nesse ponto, que Lacan chama de “fantasma”.

– O analista precisa ser “paciente”, mesmo que seu paciente seja muito repetitivo, para que o paciente possa “não se aguentar” antes de que o analista não aguente mais o paciente. Me vi nesse ponto aqui, pois as vezes acho que falo sempre dos mesmos assuntos.

– Antes existia a angústia da possibilidade, hoje é a angústia das escolhas. Saber escolher hoje é o mais importante.

– A impulsividade causa ansiedade, que é ruim, mas ter a responsabilidade de escolher rápido é bom (atitude precipitada).

– O que dá limites ao homem hoje é a honra e a vergonha, não mais o “policiamento”. É preciso detectar nosso ponto de vergonha e tomar responsabilidade por esse ponto de vergonha (ou de honra).

– Cada um deve ter alguma coisa, que se perdida, não valerá mais a pena viver.

E também ficou o reforço de que a habilidade da comunicação é muitas vezes bem mais importante que o conhecimento sobre o assunto. Jorge Forbes deu 4 das 8 aulas do dia e deu um show. Ele conseguiu explicar conceitos muito abstratos de forma simples e com exemplos do cotidiano. Uma aula sobre como fazer uma aula (ou uma palestra/discurso).

Por exemplo, para explicar que a linguagem é arbitrária, exemplificou com o termo “meu xuxu”, usado no Brasil com mulheres queridas/amadas, que não tem nenhuma razão de ser, e que não é usado em outras línguas, mas que funciona e bem. Fácil e muito bem explicado. Foi uma lição de como comunicar o complicado, de forma simples.

No evento, também conheci muita gente interessante e inteligente, que é uma das coisas que mais gosto na vida. Lá conheci Teresa Genesini, que tem um blog, de onde tirei esse texto, que gostei muito.

Bem-aventurados os que conseguem não ser normais e se destacar.
Bem-aventurados os que continuam a falar a partir do desejo, depois de esgotada a queixa.
Bem-aventurados os que têm ideais, mas não o levam tão a sério.
Bem-aventurados os que suportam espaços vazios, silêncios e ouvir música clássica, sem enlouquecer.
Bem-aventurados os que saem da culpa e entram na responsabilidade do bem-dizer.
Bem-aventurados os que guiam sua ação por um cálculo coletivo, ou dos pequenos outros e não mais pelo reconhecimento do Outro.
Bem-aventurados os que suportam o encontro, a surpresa, o acaso.
(Helainy Andrade, da conferência de Jorge Forbes – A felicidade, no IPLA)

Foi um dia interessante e agradável, com gente inteligente e boa conversa. Gostei também de estar em um ambiente em que eu era um dos que menos sabia sobre o assunto em questão. O desafio e a tranquilidade do não saber.

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O que fazer amanhã

Acabo de receber a newsletter pessoal de Ben Casnocha. Muito interessante a forma de manter amigos e contatos atualizados.

Na newsletter, três ótimas frases sobre o amanhã, sobre o futuro, sobre melhorar.

“The greatest thing about tomorrow is, I will be better than I am today. And that’s how I look at my life. I will be better as a golfer, I will be better as a person, I will be better as a father, I will be a better husband, I will be better as a friend. That’s the beauty of tomorrow. There is no such thing as a setback. The lessons I learn today I will apply tomorrow, and I will be better.”
– Tiger Woods

“My deepest fear is that I’ll look back on my life and wonder what I did with it.”
– Lt. Gen Stephen Lopez

“Your calendar never lies. All we have is our time. The way we spend our time is our priorities, is our ‘strategy.’ Your calendar knows what you really care about.”
– Tom Peters

É um bom resumo de como quero viver cada dia e de como acredito que vou conseguir.

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